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Maracujá é uma delícia! Até tentamos abrir esse guia de outra maneira, mas a verdade é que essa fruta tropical – conhecida por seu sabor azedinho e suas propriedades calmantes – é uma planta ótima para cultivar e para incluir na alimentação.
São diversos os tipos de maracujá que você pode encontrar para cultivo e, por mais que a árvore do maracujá fique grande, é possível tê-la em casa em um vaso! E falando no maracujazeiro: outra beleza que essa árvore nos dá é a flor do maracujá, cultivada por si só como planta ornamental.
Por isso, preparamos um guia de cultivo completo para introduzir o maracujá na sua horta, conhecer os benefícios da fruta, as curiosidades de sua flor e suas variedades. Vem com a gente!
História do maracujá
O maracujá é uma fruta da família Passiflora, e é originário da América Tropical. Seu nome tem origem indígena e, em tupi, “mara kuya” significa “fruto que se serve” ou “alimento na cuia”, uma clara referência ao formato do maracujá na hora em que ele é cortado para ser consumido. O fruto é utilizado principalmente para a produção de sucos e polpa de maracujá, além de ser uma opção cítrica muito utilizada na gastronomia para balancear o sabor de sobremesas.
Tipos de maracujá
Ao todo, existem mais de 500 espécies de maracujá, e só no Brasil são cerca de 150 tipos. Somos um dos países com mais variedades da fruta e também o maior produtor – são mais de 800 mil toneladas ao ano, de acordo com o IBGE. No entanto, 95% do cultivo para fins comerciais é do maracujá-amarelo, o mais usado para fazer sucos, sorvetes, doces etc., com sabor característico ácido, casca grossa amarela e, por vezes, enrugada.
Mas nem só do que encontramos no mercado se faz a natureza. Você já ouviu falar do maracujá do mato? Também conhecido como maracujá da caatinga, é uma fruta originária do semiárido nordestino, resistente a secas e a muitas pragas. Sua casca é esverdeada e sua polpa branca, também cheia de sementes.
Existem outros tipos de maracujá bastante conhecidos, como o maracujá-doce, mais comum em outros países da América do Sul e até no Havaí. Seu formato é bem diferente e lembra um mamão. A casca tem tonalidade amarelo-esverdeada e o sabor, como o nome já entrega, é bem mais doce, sendo possível – e delicioso – comê-lo de colher.
Outra espécie de maracujá que chama a atenção é o maracujá-açu: cada fruto seu pode chegar a 3 kg! Essa é uma variedade mais comum no norte do Brasil, e tamanho – nesse caso – não é documento: o sabor do maracujá-açu é bem menos intenso do que o do maracujá comum.
Já o maracujá-roxo, facilmente encontrado em países europeus como a Holanda e a Bélgica, tem um tamanho menor do que o maracujá comum e uma casca roxa escura. Sua polpa é doce e pode ser consumida in natura, e ele se adapta bem a climas frios.
Flor de maracujá
Além do fruto amplamente comercializado, a flor de maracujá também é um produto da planta que tem grande valor comercial. É uma das mais bonitas flores de árvores frutíferas e, além de sua beleza ornamental, também possui diversas propriedades medicinais.
Identificar uma flor de maracujá é fácil, porque ela tem uma aparência inconfundível, bastante colorida e exótica. Geralmente, a flor começa a nascer com as cores amarela, branca e, depois, roxa. E a floração do pé de maracujá, em climas tropicais e subtropicais, acontece de forma espontânea.
O chá de flor de maracujá é conhecido na medicina caseira por trazer benefícios para a saúde. Possui propriedades analgésicas e, assim como a fruta, também tem poder calmante e é usado para tratamentos de ansiedade leve e insônia.
Como plantar maracujá
O primeiro passo para plantar maracujá em casa é garantir que a terra esteja bem adubada, para que o maracujazeiro receba todos os nutrientes que ele precisa para crescer forte e saudável. Lembre-se de que é uma planta que precisa de energia para produzir flores e frutas, então a reposição de material orgânico no solo também deve ser cuidada.
A planta do maracujá não é muito fã de água. Por isso, a drenagem da terra deve ser boa – escolha sempre vasos furados, preferencialmente de barro, ou vasos autoirrigáveis para que a planta tenha mais autonomia sobre a quantidade de água que vai absorver. As regas devem ser feitas apenas quando a planta estiver precisando – ou seja, quando o solo estiver seco. Nunca encharque a terra, ok?
Outra dica importante é escolher um lugar da casa com presença de luz do sol na maior parte do dia. O maracujazeiro gosta de muita luz e de clima quente. No inverno, já sabe: fique de olho na planta e, se possível, não a deixe muito exposta a correntes de vento frio.
Benefícios do maracujá
O maracujá é rico em vitaminas A, C e do complexo B, além de apresentar grandes quantidades de ferro, sódio, cálcio e fósforo. Popularmente, é conhecido como a fruta da tranquilidade, mas suas propriedades calmantes de fato estão mais presentes nas folhas e no caule da planta. A fama de calmante natural se dá graças à presença de flavonóides e alcalóides no maracujá como um todo, substâncias essas que têm efeito relaxante muscular, calmante e até analgésico no nosso sistema nervoso. A riqueza em magnésio do maracujá também ajuda no controle do stress e da ansiedade. A entrecasca do maracujá – aquela película branca entre a polpa e a casca amarela – é riquíssima em fibras, o que ajuda no funcionamento do intestino e no controle do colesterol.
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